A História Ambiental e as Eras do Homem e do Capital
DOI:
https://doi.org/10.32991/2237-2717.2023v13i2.p114-142Palabras clave:
crises ambientais, sociedade, natureza, antropocenoResumen
O artigo tem por objetivo estabelecer as relações entre a História Ambiental e a sua dinâmica com o Capitaloceno e o Antropoceno, destacando sua importância para análises de questões ambientais atuais. A questão ambiental tem sido revisitada a partir de conceitos como Capitaloceno e Antropoceno. Uma análise comparada desses conceitos por meio da perspectiva da História Ambiental pode contribuir para construir visões mais integradas dentro das relações Sociedade/Natureza. Foi realizada uma revisão integrativa da literatura, publicada entre 2016 e 2021, que abordasse temas e análises dentro do campo de conhecimento da História Ambiental assim como os conceitos de Capitaloceno e Antropoceno. Os resultados demonstram que os estudos da História Ambiental vêm crescendo junto aos trabalhos sobre as diversas visões do Antropoceno. Por outro lado, há uma escassez de trabalhos na área do Capitaloceno. Conclui-se que a História Ambiental com suas análises de longa duração constitui um campo de conhecimento com contribuições específicas para as reflexões críticas e para a politização da questão ambiental. A contribuição da pesquisa está na construção de elementos para uma análise crítica do conceito de Antropoceno, a partir da História Ambiental, e no fortalecimento das discussões quanto às diferenças, forças e formas de relação entre sociedade e natureza trazidas pelo Capitaloceno.
Citas
Alejandro Escalera-Briceño, Manuel Ángeles-Villa e Alejandro Palafox-Muñoz. “¿Por Qué Se Debe Considerar Al Marxismo Ecológico En La Era Del Capitaloceno?” Letras Verdes. Revista Latinoamericana de Estudios Socioambientales, no. 23 (2018): 69–90.
Alfred W. Crosby, Imperialismo ecológico (São Paulo: Companhia das Letras, 2011).
Alfredo Ricardo Silva Lopes e Mário Martins Viana Junior. “O Antropoceno Como Regime de Historicidade.” Revista Brasileira de História & Ciências Sociais 12, no. 23 (2020): 9–24. https://doi.org/10.14295/rbhcs.v12i23.11708.
André Felipe Silva e Gabriel Lopes. “Entre Horizontes e Sedimentos: o Impacto do Antropoceno na História a partir de Chakrabarty e seus Interlocutores”, Historia Ambiental Latinoamericana y Caribeña (HALAC) revista de la Solcha, 11, n. 2 (2021): 348-396.
Andreas Malm e Alf Hornborg. “The Geology of Mankind? A Critique of the Anthropocene Narrative.” Anthropocene Review 1, no. 1 (2014): 62–69. https://doi.org/10.1177/2053019613516291.
Ayelen Dichdji. “Naturaleza y Cultura: Diálogos Interdisciplinarios Entre La Historia Ambiental y La Antropología.” Revista Luna Azul 44 (2017): 277–93. https://doi.org/10.17151/luaz.2017.44.17.
Benilson Borinelli, Fabio Coltro, Josiane Rowiechi e Kauana Rosa da Silva. “Natureza Barata e Desigualdade Hidrossocial No Capitaloceno.” Revista Gestão & Conexões 9, no. 3 (2021): 122–46. https://doi.org/10.47456/regec.2317-5087.2020.9.3.32045.122-146.
Birgit Mahnkopf e José Bellver Soroa. “Geopolítica en el Capitaloceno”. Papeles de relaciones ecolosociales y cambio global, 146 (2019): 35-45.
Cleyton M. da Silva e Graciela Arbilla. “Anthropocene: The Challenges for a New World.” Revista Virtual de Quimica 10, no. 6 (2018): 1619–47. https://doi.org/10.21577/1984-6835.20180111.
David Arnold, La naturaleza como problema histórico, el medio, la cultura y la expansión de Europa (Cidade do México: Fondo de Cultura Económica, 2000).
Eduardo Barcelos. “Antropoceno Ou Capitaloceno: Da Simples Disputa Semântica à Interpretação Histórica Da Crise Ecológica Global.” Revista Iberoamericana de Economía Ecológica 31, no. 1 (2019): 1–17.
Enrique Leff. “Ambiente Viral,” no. 2 (2021): 1–26.
Enrique Leff. “Construindo a História Ambiental da América Latina”. Esboços 12, no. 13 (2005): 11-29.
Germán Palacio. “Historia tropical: a reconsiderar las nociones de espacio, tiempo y ciencia”. Tareas, n. 120 (2005): 29-65.
Gilmar Arruda e Roger Colácios. “Considerações Ético-Políticas Na História (Ambiental): Escalas e o Presentismo Da Devastação.” Historia Ambiental Latinoamericana y Caribeña (HALAC) Revista de La Solcha 9, no. 2 (2019): 64–94. https://doi.org/10.32991/2237-2717.2019v9i2.p64-94.
Héctor Alimonda, La colonialidad de la naturaleza, Una aproximación a la Ecología Política (Buenos Aires: Ciccus, 2011).
Horacio Alejandro César Machado Aráoz, “Sobre la Naturaleza realmente existente: la entidad'América'y los orígenes del Capitaloceno”. Actuel Marx, n° 20 (2016).
Jason W. Moore “The Capitalocene, Part I: On the Nature and Origins of Our Ecological Crisis.” Journal of Peasant Studies 44, no. 3 (2017): 594–630. https://doi.org/10.1080/03066150.2016.1235036.
Jason W. Moore, “The Capitalocene Part II: Accumulation by Appropriation and the Centrality of Unpaid Work/Energy.” Journal of Peasant Studies 45, no. 2 (2018): 237–79. https://doi.org/10.1080/03066150.2016.1272587.
Jason W. Moore, Capitalism in the web of life: Ecology and the Accumulation of Capital (London: Verso, 2015).
José Aécio Alves Barbosa e José Otávio Aguiar. “Etnoconservação e História Ambiental Para Um Novo Modelo Conservacionista Do Século XXI.” Novos Cadernos NAEA 21, no. 1 (2018): 243–55. https://doi.org/10.5801/ncn.v21i1.3795.
José Augusto Pádua e Alessandra Izabel de Carvalho. “A Construção de Um País Tropical: Uma Apresentação Da Historiografia Ambiental Sobre o Brasil.” História, Ciências, Saúde-Manguinhos 27, no. 4 (2020): 1311–40. https://doi.org/10.1590/s0104-59702020000500015.
José Augusto Pádua. “As Bases Teóricas Da História Ambiental.” Estudos Avançados 24, no. 68 (2010): 81–101. https://doi.org/10.1590/s0103-40142010000100009.
Maria Clara Catanho Cavalcanti. “Antropoceno: A Construção Discursiva de Um Conceito.” Revista Investigações 34, no. 2 (2021): 1–28. https://doi.org/10.51359/2175-294x.2021.247502.
Mike Davis, Holocaustos coloniais (São Paulo: Record, 2002).
Paul J. Crutzen, Geology of mankind Crutze, Nature 415, 23, (2002).
Raymond Williams, Cultura e Materialismo (São Paulo: Unesp, 2011).
Simon L. Lewis e Mark A. Maslin, Defining the anthropocene. Nature, v. 519, n. 7542, (2015) p. 171-180.
Stefania Barca. “Forças de Reprodução. O Ecofeminismo Socialista e a Luta Para Desfazer o Antropoceno*.” E-Cadernos CES, no. 34 (2020). https://doi.org/10.4000/eces.5448.
Stefania Gallini. “Invitación a La Historia Ambiental.” Tareas 120 (2005): 5–27.
Warren Dean. “A Botânica e a Política Imperial: A Introdução e a Domesticação de Plantas No Brasil.” Revista Estudos Históricos 4, no. 8 (1991): 216–28.
Will Steffen et al. The Anthropocene: conceptual and historical perspectives. Philosophical Transactions of the Royal Society A: Mathematical, Physical and Engineering Sciences, v. 369, n. 1938, (2011) p. 842-867.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2023 Wallace Marcelino da Silva, Carlos José Saldanha Machado, Rodrigo Machado Vilani
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Esta revista ofrece acceso libre inmediato a su contenido, siguiendo el principio de que disponibilizar gratuitamente el conocimiento científico al público proporciona mayor democratización mundial del conocimiento.
A partir de la publicación realizada en la revista los autores poseen copyright y derechos de publicación de sus artículos sin restricciones.
La revista HALAC sigue los preceptos legales de la licencia Creative Commons - Atribución-NoComercial 4.0 Internacional. 
