Call for Papers - Justicia ambiental: historias de opresión, injusticia y resistencia desde América Latina

2021-02-18

B47CA88A-759E-4DE9-8EC8-F8DA0A582CD1.JPGPhotograph: Sandro Dutra e Silva. Sugarcane Cutters, Itapaci, Goiás, Brazil, 2011

Environmental Justice: histories of oppression, injustice, and resistance from Latin America

Editors:

Marco Armiero (Royal Institute of Technology -  Stockholm/KTH – Sweden)
Eunice Nodari (Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC – Brazil)
Zephyr Frank (Stanford University – United States of America)

Deadline:

15 September, 2021

In the face of the current global crisis, with its intricate blending of environmental and social challenges, we propose a dossier dedicated to environmental justice. We believe that it is crucial to go back to the socio-environmental inequalities which have led us to this planetary mess. Against the usual refrain proposing all "humans" as equally responsible and victims of the crisis, we wish to uncover the social differences which make all of us travelers in the same boat but with very different privileges. As one of us has written once, on the sinking Titanic, traveling in the first or third class made all the difference.

Sustainability and resilience – these are two of the most common buzzwords of our time. Facing global environmental problems (including the pandemic and climate change), scientists, governments, and civil society organizations are looking for solutions. Often this search leads to techno-fixes and top-down solutions. Political agreements are signed, but they do not always deliver what they intend to. Social scientists and humanities scholars have repeatedly uncovered how environmental crises intersect with social inequalities along the lines of class, gender, and race. Political ecologists have striven to bring back the political into the ecological realm (Robbins 2012) while pointing to the need to holistically address the inevitably connected issues of social justice and environmental sustainability (Agyeman, Bullard and Evans 2003; Agyeman et al. 2016; Pellow, 2018). This dossier aims to advance theoretical, methodological, and empirical insights on environmental justice, focusing on the contribution that environmental historians can bring into the debate. In particular, we are interested in fostering a multidisciplinary conversation among historians, sociologists, geographers, political scientists, and anthropologists on the effects that environmental justice as a category can have on our diverse fields. Adopting a historical perspective implies to rethink some well-researched topics with new questions and interpretative tools.

We list below some of the key themes we would like to see addressed in our dossier:
unequal effects of the pandemic; struggles against industrial contamination; health risks in agriculture; polluting facilities in poor neighborhoods; unequal distribution of environmental hazards; gated communities; access to sanitation, drinkable water, decent housing; extractivism, enclosure, and Indigenous people; struggles on the production and legitimation of knowledge; relationships between mainstream environmentalist organizations and environmental justice organizations; alternatives generated in the struggles for environmental justice; environmental justice in Latin American arts, movies, popular culture and literature.

Justicia ambiental: historias de opresión, injusticia y resistencia desde América Latina

Frente a la actual crisis mundial, con su intrincada mezcla de desafíos ambientales y sociales, proponemos un dossier dedicado a la justicia ambiental. Creemos que es crucial volver a las desigualdades socio ambientales que nos han llevado a este lío planetario. Contra el refrán habitual que propone a todos los "humanos" como igualmente responsables y víctimas de la crisis, queremos descubrir las diferencias sociales que nos hacen a todos los viajeros en el mismo barco, pero con privilegios muy diferentes. Como uno de nosotros ha escrito una vez, en el hundimiento del Titanic, viajar en primera o tercera clase hizo toda la diferencia.

Sustentabilidad y resiliencia – estas son dos de las palabras clave más usadas en nuestro tiempo. Haciendo frente a los problemas ambientales mundiales (incluyendo la pandemia y los cambios climáticos), los científicos, gobiernos y organizacionesde la sociedad civil están buscando soluciones. A menudo, esta búsqueda conduce a soluciones tecnológicas y de arriba hacia abajo. Los acuerdos políticos son firmados, pero no siempre representan lo que deberían. Los científicos sociales y los estudiosos de humanidades constatan repetidamente cómo las crisis ambientales se cruzan con las desigualdades sociales a lo largo de los ejes de clase, género y raza. Los ecologistas políticos se han esforzado por llevar de vuelta lo político al ámbito ecológico (Robbins 2012) al tiempo que señalan la necesidad de abordar holísticamente las cuestiones inevitablemente conectadas de la justicia social y la sustentabilidad ambiental (Agyeman, Bullard y Evans 2003; 2016; Pellow, 2018). Este dossier tiene como objetivo avanzar en los conocimientos teóricos, metodológicos y  empíricos sobre la justicia ambiental, centrándose en la contribución que los historiadores  ambientales pueden aportar al debate. En particular, estamos interesados en fomentar un diálogo multidisciplinario entre historiadores, sociólogos, geógrafos, politólogos y  antropólogos sobre los efectos que la justicia ambiental como categoría puede tener en  nuestros diversos campos. Adoptar una perspectiva histórica implica repensar algunos temas bien investigados con nuevas preguntas y herramientas interpretativas.

A continuación, enumeramos algunos de los temas clave que nos gustaría que se abordarán en nuestro dossier: efectos desiguales de la pandemia; luchas contra la contaminación industrial; riesgos para la salud en la agricultura; instalaciones contaminantes en los barrios pobres; distribución desigual de los peligros ambientales; barrios y condominios cerrados; acceso al saneamiento, agua potable, vivienda digna; extractivismo, sitios y pueblos indígenas; luchas en la producción y legitimación del conocimiento; relaciones entre las principales organizaciones ambientalistas y las organizaciones de justicia ambiental; alternativas generadas en las luchas por la justicia ambiental; justicia ambiental en las artes, el cine, la cultura popular y la literatura latinoamericana.

Justiça ambiental: histórias de opressão, injustiça e resistência na América Latina

Diante da atual crise global, com sua intrincada teia  de desafios ambientais e sociais, estamos propondo um dossiê dedicado à justiça ambiental. Acreditamos que é crucial retomar a discussão das desigualdades socioambientais que nos levaram a essa desordem planetária. Contra o refrão usual propondo todos os "humanos" como igualmente responsáveis e vítimas da crise, queremos desvelar as diferenças sociais que fazem de todos nós viajantes no mesmo barco, mas com privilégios muito distintos. Como um de nós escreveu certa vez, no naufrágio do Titanic, viajar na primeira ou terceira classe fez toda a diferença.

Sustentabilidade e resiliência – esses são dois dos chavões mais usados no nosso tempo. Enfrentando problemas ambientais globais (incluindo a pandemia e as mudanças climáticas), cientistas, governos e organizações da sociedade civil estão em busca de soluções. Frequentemente, essa busca leva a soluções tecnológicas e de cima para baixo. Acordos políticos são assinados, mas eles nem sempre representam  o desejado. Cientistas sociais e estudiosos das humanidades constatam repetidamente como as crises ambientais se cruzam com as desigualdades sociais ao longo das linhas  de classe, gênero e raça. Ecologistas políticos têm se esforçado para trazer de volta a política para o reino ecológico (Robbins 2012) ao mesmo tempo em que apontam para a necessidade de abordar holisticamente as questões inevitavelmente conectadas de justiça social e sustentabilidade ambiental (Agyeman, Bullard e Evans 2003; Agyeman et al. 2016; Pellow, 2018). Este dossiê tem como objetivo avançar em insights teóricos, metodológicos e empíricos sobre justiça ambiental, com foco na contribuição que os historiadores ambientais podem trazer para o debate. Em particular, estamos interessados em promover um diálogo multidisciplinar entre historiadores, sociólogos, geógrafos, cientistas políticos e antropólogos sobre os efeitos que a justiça ambiental como categoria pode ter em nossos diversos campos. Adotar uma perspectiva histórica implica repensar alguns temas  pesquisados com novas questões e ferramentas interpretativas.

Listamos a seguir alguns dos principais temas que gostaríamos de ver abordados em nosso dossiê: Efeitos desiguais da pandemia; lutas contra a contaminação industrial; riscos à saúde na agricultura; instalações poluentes em bairros pobres; distribuição desigual de riscos ambientais; bairros e condomínios fechados; acesso ao saneamento, água potável, moradia digna; extrativismo, sítios e povos indígenas; lutas pela  produção e legitimação do conhecimento; relações entre as principais organizações ambientalistas e organizações de justiça ambiental; alternativas geradas nas lutas pela justiça ambiental; justiça ambiental nas artes, filmes, cultura popular e literatura latino-americana.